Se você está começando a investir ou quer dar um passo além da poupança, é normal surgir a dúvida: vale mais a pena investir em CDB ou Tesouro Direto? Ambos são investimentos de renda fixa, acessíveis, seguros e indicados para diversos perfis de investidor. No entanto, cada um possui características únicas que podem fazer toda a diferença nos seus resultados.
Neste artigo, vamos comparar os dois investimentos com base em rentabilidade, liquidez, risco, tributação e cenário econômico atual. Ao final, você saberá qual opção se encaixa melhor nos seus objetivos financeiros em 2025.
O que é o CDB?
O Certificado de Depósito Bancário (CDB) é um título emitido por bancos. Ao investir em um CDB, você está emprestando dinheiro para a instituição financeira, que devolve o valor com juros no prazo acordado.
Características principais:
- Rentabilidade: prefixada, pós-fixada (atrelada ao CDI) ou híbrida (CDI + IPCA)
- Garantia do FGC até R$ 250 mil por instituição
- Tributação regressiva do IR e incidência de IOF nos primeiros 30 dias
📌 Leia também: CDB: Como Investir com Segurança e Boa Rentabilidade em 2025.
O que é o Tesouro Direto?
O Tesouro Direto é um programa do governo federal que permite a pessoas físicas investirem em títulos públicos. É considerado um dos investimentos mais seguros do país, já que o emissor é o Tesouro Nacional.
Tipos de título:
- Tesouro Selic: ideal para reserva de emergência
- Tesouro Prefixado: taxa de juros definida na compra
- Tesouro IPCA+: protege contra a inflação, com rendimento real
Vantagens:
- Alta segurança (garantia do governo)
- Acessível a partir de R$ 30
- Boa liquidez (resgate em D+1 útil)
Comparativo: CDB vs Tesouro Direto
Critério | CDB | Tesouro Direto |
---|---|---|
Segurança | Garantido pelo FGC (até R$ 250 mil) | Garantido pelo governo federal |
Rentabilidade | Pode superar o Tesouro em bancos menores | Menor risco, mas rendimento previsível |
Liquidez | Depende do tipo de CDB | Liquidez diária (exceto prefixado/IPCA+ com vencimento) |
Imposto de Renda | Tabela regressiva (15% a 22,5%) | Tabela regressiva (15% a 22,5%) |
IOF | Sim (até 30 dias) | Sim (até 30 dias) |
Acesso | Via bancos e corretoras | Via Tesouro Direto e corretoras |
Quando escolher o CDB em 2025?
Confira abaixo os principais cenários em que investir em CDB pode ser a escolha mais vantajosa em 2025:
- Selic em alta: Aproveite os CDBs pós-fixados que acompanham o CDI e oferecem rendimentos mais elevados quando a taxa de juros está alta.
- Bancos médios com boas taxas: Muitas instituições de médio porte oferecem rentabilidades superiores a 100% do CDI. Se estiver atento às garantias do FGC, esses papéis podem render mais do que o Tesouro.
- Diversificação de instituições: Com o limite de R$ 250 mil por instituição coberto pelo FGC, investir em diferentes bancos aumenta sua segurança e amplia a cobertura.
- Liquidez diária disponível: Se você precisa manter o dinheiro acessível, há CDBs com resgate imediato, ideais para montar ou reforçar sua reserva de emergência.
- Objetivo de médio ou longo prazo com rentabilidade superior: Para quem pode deixar o dinheiro investido por mais tempo, há CDBs com prazos maiores e taxas mais atrativas.
Quando o Tesouro Direto pode ser a melhor escolha?
O Tesouro Direto continua sendo uma das opções mais seguras e acessíveis para quem quer investir com tranquilidade em 2025. Ele é ideal para quem deseja previsibilidade, proteção contra a inflação e flexibilidade nos prazos de resgate. Veja em quais situações ele pode ser a melhor alternativa:
- Busca pela máxima segurança: Os títulos públicos são garantidos pelo Tesouro Nacional, o que representa o menor risco de crédito do mercado.
- Proteção contra a inflação: O Tesouro IPCA+ oferece rendimento real acima da inflação, ideal para quem deseja manter ou aumentar o poder de compra no longo prazo.
- Planejamento de longo prazo: Para objetivos como aposentadoria, compra de imóvel ou educação dos filhos, o Tesouro IPCA+ com vencimento futuro garante retorno estável e previsível.
- Alta previsibilidade: Com o Tesouro Prefixado, você sabe exatamente o quanto vai receber no vencimento, ideal em cenários de queda da Selic.
- Valores elevados a investir: Diferente dos CDBs, o Tesouro não possui limite de garantia como o FGC, sendo mais indicado para grandes quantias.
- Liquidez eficiente: Os títulos podem ser vendidos a qualquer momento com liquidação em D+1, o que permite acesso rápido aos recursos em caso de necessidade.
Qual o melhor para o seu perfil de investidor?
- Conservador: Tesouro Selic ou CDB com liquidez diária e FGC.
- Moderado: CDBs prefixados ou Tesouro IPCA+ de médio prazo.
- Agressivo (em renda fixa): CDBs de bancos médios com taxa elevada e prazo maior.
Não há uma resposta única. O ideal é diversificar e montar uma carteira equilibrada com ambos.
Conclusão
Tanto o CDB quanto o Tesouro Direto são excelentes escolhas para quem busca segurança, rentabilidade e previsibilidade. Em 2025, o cenário favorece aplicações em renda fixa, especialmente pós-fixadas, com a Selic ainda em níveis atrativos.
Se você quer maximizar seus ganhos sem abrir mão da segurança, considere usar os dois produtos de forma estratégica: CDBs para alavancar a rentabilidade e Tesouro Direto para proteger o patrimônio. Compare taxas, prazos e riscos — e invista com inteligência.

Formado em Contabilidade e especialista em Finanças. Apaixonado por descomplicar temas complexos, oferece insights práticos e confiáveis sobre gestão financeira e planejamento tributário. Seu blog é uma referência para quem busca clareza no mundo das finanças.