IOF – O que é, como funciona, quem paga e como calcular

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre diversas transações financeiras, como empréstimos, financiamentos, seguros, câmbio e até mesmo em alguns investimentos. Apesar de estar presente em quase todas as operações do dia a dia, muitos brasileiros ainda não entendem como ele é calculado e qual é o impacto real no bolso.

👉 Neste guia completo, você vai aprender o que é IOF, como funciona, quais operações são tributadas, como calcular e quais são as alíquotas atuais.

O que é IOF?

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal cobrado pelo Governo do Brasil sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos.

  • Definição clara: imposto que incide em diferentes movimentações financeiras, tanto de pessoas físicas quanto de empresas.

  • Finalidade principal: além de arrecadar recursos para o governo, o IOF funciona como instrumento de política econômica, ajudando a controlar a inflação, o consumo e a entrada de capital estrangeiro.

  • Característica essencial: a alíquota pode mudar a qualquer momento, já que o governo tem liberdade para aumentar ou reduzir o imposto conforme o cenário econômico.

Para que serve o IOF?

O tributo cumpre dois papéis centrais: arrecadar recursos e regular a economia.

Arrecadação de recursos

Cada operação tributada gera receita para o governo, usada no financiamento de programas sociais, infraestrutura e políticas públicas.

Controle do crédito e do consumo

Se o governo deseja reduzir o endividamento, pode elevar a cobrança em empréstimos.
Se precisa estimular o consumo, pode reduzir a alíquota.

Regulação do mercado de câmbio

O imposto incide em compras de moeda estrangeira, remessas internacionais e cartão de crédito usado no exterior.
Isso ajuda a controlar a entrada e saída de capital internacional.

Monitoramento financeiro

Por estar presente em diversas operações, também funciona como ferramenta de fiscalização indireta, dando visibilidade ao governo sobre movimentações de crédito e investimentos.

Quem paga na prática?

O imposto impacta diferentes perfis de contribuintes:

  • Consumidores: em empréstimos, compras parceladas, uso de cartão internacional ou contratação de seguros.

  • Empresas: em financiamentos, operações de câmbio e aplicações financeiras de curto prazo.

  • Investidores: especialmente em produtos de renda fixa (Tesouro Direto, CDB, fundos).

👉 Em geral, quem realiza a operação arca com a cobrança, e não a instituição financeira — embora o banco seja responsável por recolher o valor e repassar ao governo.

Em quais operações é cobrado? Exemplos práticos

O imposto aparece em situações comuns do dia a dia:

  • Crédito: empréstimos pessoais, consignados, financiamentos, cheque especial e até no rotativo do cartão.

  • Câmbio: compra de dólar/euro em espécie, remessas internacionais, cartões pré-pagos e faturas de cartão usadas no exterior.

  • Seguros: apólices de seguro de vida, carro, residencial e outros.

  • Investimentos: aplicações de curto prazo, como CDB e Tesouro Direto, sofrem incidência regressiva.

Alíquotas atualizadas em 2025

As taxas variam conforme a operação:

  • Crédito: 0,0082% ao dia + 0,38% adicional sobre o valor liberado.

  • Câmbio: 1,1% para compras de moeda em espécie; 6,38% em cartão de crédito, débito ou pré-pago usado no exterior.

  • Seguros: até 7,38%, dependendo do tipo de apólice.

  • Investimentos: tabela regressiva até 30 dias, variando de 96% a 0%.

Fonte: Banco Central e Receita Federal, atualização 2025.

Como calcular (com exemplos reais)

Exemplo 1 – Empréstimo de R$ 10.000 por 30 dias

  • Alíquota diária: 0,0082% → 0,246% no período.

  • Parcela fixa: 0,38% sobre R$ 10.000 = R$ 38.

  • IOF diário: R$ 24,60.

  • Total devido: R$ 62,60.

Exemplo 2 – Compra internacional de R$ 1.000 no cartão

  • Alíquota: 6,38%.

  • Valor do imposto: R$ 63,80.

Empréstimos e financiamentos: impacto no CET

No crédito, a cobrança é um dos principais fatores que aumentam o Custo Efetivo Total (CET).
Muitos consumidores olham apenas para os juros, mas ignoram que essa taxa pode adicionar um peso considerável, principalmente em operações de curto prazo.

Seguros: quanto você paga na prática

O imposto incide sobre o valor do prêmio do seguro contratado.

  • Seguro de vida e acidentes pessoais: até 0,38%.

  • Seguros de carro e residencial: podem chegar a 7,38%.

Câmbio e cartão internacional

Quando você viaja para o exterior, a cobrança é inevitável:

  • Compra de moeda em espécie: 1,1%.

  • Cartão de crédito/débito ou pré-pago no exterior: 6,38%.

  • Remessas internacionais: entre 0,38% e 1,1%.

👉 Por isso, muitos viajantes preferem planejar antecipadamente como levar dinheiro para fora.

Investimentos: quando ele é cobrado

A tributação em investimentos é regressiva e só incide nos primeiros 30 dias:

  • 96% do rendimento no 1º dia.

  • Redução diária até zerar no 30º dia.

👉 Na prática: se você deixa o dinheiro aplicado por mais de 30 dias, não paga nada.

Operações isentas

Existem casos em que o imposto não é cobrado:

  • Financiamentos habitacionais pelo SFH.

  • Poupança.

  • Algumas operações de exportação.

  • Investimentos com prazo superior a 30 dias.

Como planejar suas finanças levando em consideração

  • Compare opções de crédito: um empréstimo com juros menores, mas com IOF mais alto, pode sair mais caro.

  • Organize viagens: avalie se compensa levar dinheiro em espécie ou usar cartão.

  • Invista com estratégia: mantenha aplicações por mais de 30 dias para evitar perda no rendimento.

Além dessas práticas, o Banco Central disponibiliza dicas de educação financeira para ajudar consumidores a organizar melhor seus gastos e investimentos.

Perguntas frequentes (FAQ)

1. O que é IOF e qual sua função na economia?

O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre crédito, câmbio, seguros e investimentos. Sua função vai além da arrecadação: o governo usa o IOF como ferramenta para regular o consumo, controlar a entrada de capital estrangeiro e equilibrar o mercado financeiro.

2. Quem paga o IOF: o consumidor ou o banco?

Quem paga o IOF é sempre o cliente que realiza a operação (pessoa física ou empresa). O banco ou a corretora apenas recolhe o valor automaticamente e o repassa ao governo. Por isso, muitas vezes o contribuinte não percebe o imposto, já que ele vem embutido no contrato, fatura ou aplicação.

3. Quais são as principais operações que têm cobrança de IOF?

  • Crédito: empréstimos pessoais, consignados, financiamentos, cheque especial e rotativo do cartão.

  • Câmbio: compra de moeda estrangeira, remessas internacionais e cartão de crédito usado fora do Brasil.

  • Seguros: apólices de seguro de vida, carro, residencial, entre outros.

  • Investimentos: aplicações de renda fixa resgatadas antes de 30 dias.

4. Qual a alíquota atual do IOF em 2025?

As alíquotas variam conforme a operação:

  • Crédito: 0,0082% ao dia + 0,38% fixo.

  • Câmbio: 1,1% na compra de moeda em espécie e 6,38% em cartão internacional.

  • Seguros: até 7,38%, dependendo da apólice.

  • Investimentos: tabela regressiva até 30 dias, de 96% a 0%.

5. O IOF pode mudar de um dia para o outro?

Sim. A alíquota pode ser alterada via decreto, sem passar pelo Congresso, o que torna o imposto uma ferramenta de ajuste rápido da economia. Para acompanhar mudanças oficiais, consulte o Diário Oficial no site do Planalto.

6. Como calcular o IOF em empréstimos e financiamentos?

Exemplo: um empréstimo de R$ 10.000 por 30 dias:

  • IOF fixo: 0,38% = R$ 38.

  • IOF diário: 0,0082% x 30 dias = 0,246% → R$ 24,60.

  • Total de IOF: R$ 62,60.
    👉 O valor se soma aos juros e compõe o Custo Efetivo Total (CET).

7. O IOF incide em compras internacionais no cartão de crédito?

Sim. Cada compra em moeda estrangeira paga 6,38% de IOF. Isso vale tanto para cartão de crédito, débito, pré-pago, quanto para recarga em moeda estrangeira.

8. Poupança e investimentos pagam IOF?

  • Poupança: isenta de IOF.

  • Investimentos de renda fixa: incidem IOF apenas nos primeiros 30 dias. Após esse período, não há cobrança.

  • Fundos de investimento: seguem a mesma lógica, desde que resgatados antes de 30 dias.

9. Existe alguma forma de evitar ou reduzir o pagamento de IOF?

Não há como escapar do IOF em crédito, câmbio e seguros. Porém, em investimentos, é possível reduzir ou zerar o imposto mantendo a aplicação por mais de 30 dias.
👉 Dica: planeje resgates de forma estratégica para evitar perdas no rendimento.

10. Por que o IOF é considerado um imposto “oculto”?

Porque ele não aparece como um boleto separado: já vem embutido na operação financeira. Exemplo: no empréstimo, aparece junto às taxas do contrato; no cartão internacional, vem somado na fatura; no investimento, é descontado no momento do resgate.

11. O IOF impacta o custo do crédito e o retorno dos investimentos?

Sim. No crédito, aumenta o CET (Custo Efetivo Total) e pode deixar um empréstimo mais caro do que parece. Nos investimentos de curto prazo, reduz o rendimento líquido. Por isso, conhecer a cobrança é essencial para comparar opções financeiras corretamente.

Conclusão:

O IOF é um imposto presente em diversas operações, muitas vezes “invisível” ao consumidor. Ele pode impactar diretamente o custo do crédito, o retorno de investimentos e os gastos em viagens internacionais.

Por isso, entender suas regras e planejar operações financeiras considerando o IOF é essencial para tomar decisões mais inteligentes e evitar custos desnecessários.

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