Você sabia que usar o CFOP 6102 incorretamente pode gerar multas de até R$ 5.000 por nota fiscal e até mesmo bloquear o CNPJ da sua empresa? Para ilustrar, imagine a cena: um cliente de Minas Gerais devolve um produto comprado do seu e-commerce em São Paulo, e você emite uma nota de devolução com o código errado. Como resultado, a Receita Federal rejeita o documento, e seu estoque fica desorganizado.
Diante desse cenário, surge a dúvida: como garantir que todas as operações interestaduais estejam dentro da lei? A boa notícia é que, neste artigo, você vai descobrir exatamente como aplicar o CFOP 6102, evitar erros comuns e garantir conformidade fiscal em 2025. Vamos começar?

Índice
CFOP 6102 o que significa?
O CFOP 6102 (“Venda de mercadoria adquirida ou recebida de terceiros“) é um código fiscal usado para identificar vendas de produtos comprados de fornecedores e revendidos para outros estados. Em outras palavras, ele é essencial para:
- Definir a tributação do ICMS;
- Controlar o fluxo de estoque;
- Garantir a conformidade com as regras do Fisco.
Vale destacar que a estrutura do código não é aleatória:
- 6: Indica saída interestadual;
- 1: Operação com mercadoria adquirida de terceiros;
- 02: Venda para comercialização.
Portanto, entender essa lógica é o primeiro passo para evitar falhas.
Quando Usar o CFOP 6102? 4 Cenários Essenciais
Antes de tudo, é crucial identificar situações específicas onde o código se aplica. Por exemplo:
- Revenda sem modificação: Você compra um produto de um fornecedor (ex.: notebooks) e vende para outro estado sem alterá-lo.
- Cliente é contribuinte do ICMS: O comprador precisa ter inscrição estadual (ex.: empresas, não consumidores finais).
- Vendas interestaduais: Operações entre estados diferentes (ex.: SP → MG).
- E-commerce e marketplaces: Plataformas que revendem produtos de terceiros para todo o Brasil.
Para contextualizar, imagine um e-commerce em São Paulo que vende celulares comprados de um distribuidor para um cliente no Paraná. Nesse caso, o CFOP correto é 6102.
Passo a Passo para Emitir Notas com CFOP 6102
Agora que você já conhece os cenários, siga este roteiro prático:
- Verifique a origem da mercadoria: Primeiramente, confirme se o produto foi adquirido de terceiros (não produzido pela sua empresa).
- Confira o destino: Em seguida, assegure-se de que o cliente está em outro estado e possui inscrição estadual.
- Use sistemas automatizados: Além disso, ERPs como o WebMais ou Gsoft calculam automaticamente o CFOP e impostos.
- Inclua a chave de acesso da NF de compra: Esse detalhe é essencial para devoluções (CFOP 6202).
- Destaque o ICMS e DIFAL: Por fim, calcule a alíquota interestadual (ex.: 7%) e o diferencial (DIFAL) se aplicável.
3 Erros Comuns (e Como Evitá-los)
Embora o processo pareça simples, muitos negócios ainda cometem equívocos. Confira abaixo os principais:
1 – Primeiramente, confundir CFOP 6102 com 5102:
- 6102: Venda para outro estado.
- 5102: Venda dentro do mesmo estado.
A solução para isso é sempre revisar a UF do cliente antes de emitir a nota.
2 – Além disso, ao usar para não contribuintes:
- Se o cliente é pessoa física, o código correto é 6108.
3 – Por fim, ignorar a substituição tributária (ST):
- Em casos de ST, o CFOP adequado é 6404, e não 6102.
Em resumo, atenção aos detalhes evita 80% dos problemas.
Impacto Tributário do CFOP 6102: ICMS, DIFAL e CSTs
Além dos códigos, é vital compreender os efeitos fiscais. Vejamos:
- ICMS: Alíquota básica de 7% para operações entre estados (varia conforme convênios).
- DIFAL: Calculado pela diferença entre a alíquota interna do estado de destino e a interestadual (ex.: SP → PR: 19% – 10% = 9% a recolher).
- CSTs:
- 000: Sem substituição tributária.
- 060: Com substituição tributária.
Para ilustrar melhor, observe a tabela comparativa:
CFOP | Aplicação | Tributação |
---|---|---|
6102 | Vendas para contribuintes | ICMS + DIFAL |
6108 | Vendas para não contribuintes | ICMS integral |
Portanto, dominar essas regras evita surpresas desagradáveis.
Dicas Práticas para Dominar o CFOP 6102 em 2025
Agora que você já entende a teoria, coloque em prática estas recomendações:
- Consulte a Tabela CFOP atualizada: Desde 2024, o Ajuste SINIEF 3/2024 consolidou códigos e eliminou obsoletos.
- Treine sua equipe: Vale lembrar que erros humanos são a causa de 40% das autuações fiscais.
- Automatize processos: Softwares especializados emitem notas com CFOP correto e calculam impostos automaticamente.
- Audite notas antigas: Revisar documentos de 2024 evita retrabalho na DIRF 2025.
Em síntese, organização e tecnologia são suas melhores aliadas.
Conclusão
Dominar o CFOP 6102 não é só uma obrigação legal – é uma estratégia para evitar prejuízos e otimizar a gestão fiscal. Ao seguir este guia, você garantirá:
- Notas fiscais válidas;
- Controle preciso de estoque;
- Relacionamento transparente com o Fisco.
Quer mais segurança na emissão de notas fiscais? agende uma consultoria com nossos especialistas.

Formado em Contabilidade e especialista em Finanças. Apaixonado por descomplicar temas complexos, oferece insights práticos e confiáveis sobre gestão financeira e planejamento tributário. Seu blog é uma referência para quem busca clareza no mundo das finanças.