O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal que incide sobre diversas transações financeiras, como empréstimos, financiamentos, seguros, câmbio e até mesmo em alguns investimentos. Apesar de estar presente em quase todas as operações do dia a dia, muitos brasileiros ainda não entendem como ele é calculado e qual é o impacto real no bolso.
👉 Neste guia completo, você vai aprender o que é IOF, como funciona, quais operações são tributadas, como calcular e quais são as alíquotas atuais.
Índice
- 1 O que é IOF?
- 2 Para que serve o IOF?
- 3 Quem paga na prática?
- 4 Em quais operações é cobrado? Exemplos práticos
- 5 Alíquotas atualizadas em 2025
- 6 Como calcular (com exemplos reais)
- 7 Empréstimos e financiamentos: impacto no CET
- 8 Seguros: quanto você paga na prática
- 9 Câmbio e cartão internacional
- 10 Investimentos: quando ele é cobrado
- 11 Operações isentas
- 12 Como planejar suas finanças levando em consideração
- 13 Perguntas frequentes (FAQ)
- 13.1 1. O que é IOF e qual sua função na economia?
- 13.2 2. Quem paga o IOF: o consumidor ou o banco?
- 13.3 3. Quais são as principais operações que têm cobrança de IOF?
- 13.4 4. Qual a alíquota atual do IOF em 2025?
- 13.5 5. O IOF pode mudar de um dia para o outro?
- 13.6 6. Como calcular o IOF em empréstimos e financiamentos?
- 13.7 7. O IOF incide em compras internacionais no cartão de crédito?
- 13.8 8. Poupança e investimentos pagam IOF?
- 13.9 9. Existe alguma forma de evitar ou reduzir o pagamento de IOF?
- 13.10 10. Por que o IOF é considerado um imposto “oculto”?
- 13.11 11. O IOF impacta o custo do crédito e o retorno dos investimentos?
- 14 Conclusão:
O que é IOF?
O IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é um tributo federal cobrado pelo Governo do Brasil sobre operações de crédito, câmbio, seguros e investimentos.
Definição clara: imposto que incide em diferentes movimentações financeiras, tanto de pessoas físicas quanto de empresas.
Finalidade principal: além de arrecadar recursos para o governo, o IOF funciona como instrumento de política econômica, ajudando a controlar a inflação, o consumo e a entrada de capital estrangeiro.
Característica essencial: a alíquota pode mudar a qualquer momento, já que o governo tem liberdade para aumentar ou reduzir o imposto conforme o cenário econômico.
Para que serve o IOF?
O tributo cumpre dois papéis centrais: arrecadar recursos e regular a economia.
Arrecadação de recursos
Cada operação tributada gera receita para o governo, usada no financiamento de programas sociais, infraestrutura e políticas públicas.
Controle do crédito e do consumo
Se o governo deseja reduzir o endividamento, pode elevar a cobrança em empréstimos.
Se precisa estimular o consumo, pode reduzir a alíquota.
Regulação do mercado de câmbio
O imposto incide em compras de moeda estrangeira, remessas internacionais e cartão de crédito usado no exterior.
Isso ajuda a controlar a entrada e saída de capital internacional.
Monitoramento financeiro
Por estar presente em diversas operações, também funciona como ferramenta de fiscalização indireta, dando visibilidade ao governo sobre movimentações de crédito e investimentos.
Quem paga na prática?
O imposto impacta diferentes perfis de contribuintes:
Consumidores: em empréstimos, compras parceladas, uso de cartão internacional ou contratação de seguros.
Empresas: em financiamentos, operações de câmbio e aplicações financeiras de curto prazo.
Investidores: especialmente em produtos de renda fixa (Tesouro Direto, CDB, fundos).
👉 Em geral, quem realiza a operação arca com a cobrança, e não a instituição financeira — embora o banco seja responsável por recolher o valor e repassar ao governo.
Em quais operações é cobrado? Exemplos práticos
O imposto aparece em situações comuns do dia a dia:
Crédito: empréstimos pessoais, consignados, financiamentos, cheque especial e até no rotativo do cartão.
Câmbio: compra de dólar/euro em espécie, remessas internacionais, cartões pré-pagos e faturas de cartão usadas no exterior.
Seguros: apólices de seguro de vida, carro, residencial e outros.
Investimentos: aplicações de curto prazo, como CDB e Tesouro Direto, sofrem incidência regressiva.
Alíquotas atualizadas em 2025
As taxas variam conforme a operação:
Crédito: 0,0082% ao dia + 0,38% adicional sobre o valor liberado.
Câmbio: 1,1% para compras de moeda em espécie; 6,38% em cartão de crédito, débito ou pré-pago usado no exterior.
Seguros: até 7,38%, dependendo do tipo de apólice.
Investimentos: tabela regressiva até 30 dias, variando de 96% a 0%.
Fonte: Banco Central e Receita Federal, atualização 2025.
Como calcular (com exemplos reais)
Exemplo 1 – Empréstimo de R$ 10.000 por 30 dias
Alíquota diária: 0,0082% → 0,246% no período.
Parcela fixa: 0,38% sobre R$ 10.000 = R$ 38.
IOF diário: R$ 24,60.
Total devido: R$ 62,60.
Exemplo 2 – Compra internacional de R$ 1.000 no cartão
Alíquota: 6,38%.
Valor do imposto: R$ 63,80.
Empréstimos e financiamentos: impacto no CET
No crédito, a cobrança é um dos principais fatores que aumentam o Custo Efetivo Total (CET).
Muitos consumidores olham apenas para os juros, mas ignoram que essa taxa pode adicionar um peso considerável, principalmente em operações de curto prazo.
Seguros: quanto você paga na prática
O imposto incide sobre o valor do prêmio do seguro contratado.
Seguro de vida e acidentes pessoais: até 0,38%.
Seguros de carro e residencial: podem chegar a 7,38%.
Câmbio e cartão internacional
Quando você viaja para o exterior, a cobrança é inevitável:
Compra de moeda em espécie: 1,1%.
Cartão de crédito/débito ou pré-pago no exterior: 6,38%.
Remessas internacionais: entre 0,38% e 1,1%.
👉 Por isso, muitos viajantes preferem planejar antecipadamente como levar dinheiro para fora.
Investimentos: quando ele é cobrado
A tributação em investimentos é regressiva e só incide nos primeiros 30 dias:
96% do rendimento no 1º dia.
Redução diária até zerar no 30º dia.
👉 Na prática: se você deixa o dinheiro aplicado por mais de 30 dias, não paga nada.
Operações isentas
Existem casos em que o imposto não é cobrado:
Financiamentos habitacionais pelo SFH.
Poupança.
Algumas operações de exportação.
Investimentos com prazo superior a 30 dias.
Como planejar suas finanças levando em consideração
Compare opções de crédito: um empréstimo com juros menores, mas com IOF mais alto, pode sair mais caro.
Organize viagens: avalie se compensa levar dinheiro em espécie ou usar cartão.
Invista com estratégia: mantenha aplicações por mais de 30 dias para evitar perda no rendimento.
Além dessas práticas, o Banco Central disponibiliza dicas de educação financeira para ajudar consumidores a organizar melhor seus gastos e investimentos.

Formado em Contabilidade e especialista em Finanças. Apaixonado por descomplicar temas complexos, oferece insights práticos e confiáveis sobre gestão financeira e planejamento tributário. Seu blog é uma referência para quem busca clareza no mundo das finanças.